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Nos dicionários encontramos “chanana”, mas os poetas preferem “xanana”. Dizem ter mais charme, escrita com “x”. Sigamos os poetas, pois eles têm percepções que os simples mortais não têm. (Prof. Daladier da Cunha Lima) |
Turnera ulmifolia L.
Flor-do guarujá, Turnera, Albina, ou popularmente conhecida pela cidade de Natal, no Rio Grande do Norte por Chanana, a Turnera ulmifolia L. é uma planta da América tropical com potencial ornamental, por suas flores e folhagem atrativas, que ocorre naturalmente em pastagens, pomares, beira de estradas, carreadores e terrenos baldios. Apesar de ser rústica e, provavelmente, exigir tratos culturais simples, ainda não possui informações suficientes que permitam a definição de técnicas visando o seu cultivo.
Da família Turneraceae com provável origem da América Tropical, incluindo o nordeste brasileiro, a Turnera ulmifolia é uma herbácea perene, de 30 a 50 cm de altura, de florescimento vistoso. Flores branco-amareladas ou amarelas, formadas no decorrer do ano todo, que se abrem no período da manhã (em Natal, das 6 horas à aproximadamente 11 horas). Na variedade hortícola “Elegans” as flores são marrom-arroxeadas na base.
Ela é uma planta que não tolera geada apesar de sua rusticidade. Popularmente é cultivada a pleno sol, em jardineiras ou em grandes maciços, mesmo em terra pobre. Multiplicando-se muito facilmente por estacas e sementes que germinam espontânea e facilmente, a ponto de ser considerada como planta invasora de solos cultivados. Propagando-se sozinha por toda a cidade de Natal.
Turnera ulmifolia, é amplamente distribuída desde as Guianas até a região Nordeste do Brasil. Alguns gêneros são utilizados como antinflamatório, antidepressivo e calmante, pela produção de substâncias aleloquímicas, que são muito utilizadas na medicina popular. O estudo e a identificação dos seus microrganismos endofiticos torna-se importante pelo seu potencial biotecnológico para aplicação na agricultura e na medicina.
A Turnera ulmifolia, chanana, foi indicada por Diógenes da Cunha Lima para ser símbolo poético de Natal. Em seu discurso alusivo ao Dia do Bibliotecário, dia 12 de março, o poeta e homem da lei, apontou os motivos para a indicação: persistência, resistência, beleza e fortaleza. Assim é a Chanana. Assim é Natal. Uma cidade que resiste aos desmandos do poder e apesar de tudo continua bela. Não desiste de lutar e acreditar que um dia será uma cidade mais humana, com melhores condições para seus habitantes. Uma cidade que é favorecida pela natureza. Uma cidade mulher pela sinuosidade de suas formas, nas palavras do orador.
Prof. Dr. Magdi Ahmed Ibrahim Aloufa
Lei que institui a "Xanana", como flor-símbolo da Cidade do Natal.