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LIMPEZA PÚBLICA

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Histórico da Empresa

 A Companhia de Serviços Urbanos de Natal - URBANA, trata-se de uma sociedade de economia mista, criada pela lei municipal 2.659 de 28 de agosto de 1979 tendo como função principal a coleta de resíduos sólidos domiciliares e hospitalares, varrição de logradouros, capinação, remoções especiais, limpeza das praias, limpeza de canteiros, pintura de meio-fios, limpeza do sistema de drenagem urbana e pelo destino final dos resíduos.

Fonte: Sérgio Pinheiro (Ex-Diretor da Urbana)

Os Resíduos Sólidos na Cidade de Natal

A gestão dos resíduos sólidos em Natal sempre tem sido desenvolvida com deficiência pelo poder municipal, poucos documentos registram a sua evolução. CICCO (1920), cita "...dentro da cidade o matadouro..., tendo ao lado a esterqueira e o lixo de toda urbs, é onde se regala de podridão o hygienista daquela zona - o urubu ”. Referindo-se as medidas de higiene necessárias para melhoria das condições sanitárias da cidade na época, a ser tomada pela administração da municipalidade, ele é enfático "....afastando da communidade tudo quanto possa influir desgraçadamente nas vidas das sociedades, é ainda de inadiável necessidade retirar para logar próprio o Matadouro e também o forno de incineração, ou antes, o depósito do lixo... ”. Essas colocações do eminente Dr. Januário Cicco, mostram que a situação da destinação final de resíduos sólidos urbanos, da época, já se mostra de forma precária e deficiente.


CICCO (1920) também afirma que a Empresa Tração, Força e Luz, por contrato com o Governo do Estado, se compromete a incinerar o lixo da cidade, em forno construído para tal fim e do modelo que melhor se preste a sua função.


Em entrevistas com o Sr. João de Lima (seu Joca), morador de residência próxima ao “Forno do Lixo” e funcionário aposentado da URBANA, análises de documentos, observação de fotografias e verificação em campo, chega-se a conclusão que a primeira área para disposição de resíduos na cidade de Natal, situava-se no local onde está hoje instalada a produção de mudas do horto municipal, às margens da linha férrea, limitando-se pelo riacho do Baldo (Rio do Oitizeiro). De acordo com as afirmações do Dr. Januário Cicco, nesse local, os resíduos eram simplesmente lançados a céu aberto.


Com relação ao contrato entre a Empresa Tração Força e Luz e o Governo do Estado (CICCO,1920), não é possível se determinar o ano exato do início de operação do forno de incineração. O relatório dos engenheiros do Escritório Saturnino de Brito (1935), responsáveis pela elaboração dos projetos de melhoramentos e serviços de esgotos da cidade de Natal, assim relata: “Para o destino do lixo existe um forno de incineração, incinerando cerca de 32 m3 diários, trazidos em caminhões e carroças. A queima é acelerada por um ventilador. Na zona não servida pela limpeza pública, usa-se queimar ou enterrar o lixo. O serviço é incompleto e a Prefeitura pretende melhorá-lo”.


De acordo com tal relatório, o forno já existia em 1935. Mas fotografias de 1936 e 1937 comprovam a sua inexistência; daí pode-se deduzir que, provavelmente, ele estivesse inserido na planta da própria Empresa de Força e Luz. Além disso, o Sr. João de Lima afirma que a construção do prédio se dá no ano de 1938.


O local do forno de incineração citado é onde encontra-se atualmente a administração do horto municipal, na Avenida Rafael Fernandes, próximo ao riacho do Baldo. Ainda hoje existe a estrutura do prédio, que sob uma análise mais detalhada, mostra interessantes detalhes de engenharia utilizados em sua construção. A existência desse forno dá origem ao topônimo até hoje citado pela população da cidade, quando se refere ao local de destinação final do lixo da cidade: “FORNO DO LIXO”.


O crescimento da cidade, aumento da produção de resíduos, pequena produção do incinerador, leva as administrações municipais à utilização da disposição dos resíduos ao lado do incinerador (em 1945 o mesmo já se encontrava desativado), em faixa limitada pelo prédio, riacho do Baldo e o Rio Potengi.


A disposição de resíduos na área próxima ao prédio do incinerador se processa até o ano de 1955, quando a prefeitura passa a utilizar uma área localizada as margens da estrada que leva à ponte de Igapó. O local situado em uma meia encosta e área de mangue é onde atualmente situa-se o entroncamento da Avenida Felizardo Moura e rua Ararai, no bairro Nordeste. No local existe hoje uma grande empresa de compra de resíduos (ferro Velho). A disposição de resíduos, nesse local, processa-se até o final da década de sessenta.


Em 1968 a prefeitura já utiliza a área atual para destinação do lixo da cidade, situada nas dunas entre os bairros de Cidade Nova e Felipe Camarão. No início dos anos setenta a área de disposição de resíduos é transferida, temporariamente, para o preenchimento de uma grande depressão no Baldo, em local limitado pela rua Cap. Silveira Barreto, Av. Cel. José Bernardo, riacho do Baldo e a Estação de Tratamento de Esgotos da CAERN. Nesse local, mesmo estando muito próximo das residências, é implantado um aterro controlado, com recobrimento diário do material descarregado e drenagem dos gases. O lugar, hoje, é ocupado pelo estacionamento e o centro de treinamento da COSERN. Nesse período é encaminhado para realizar curso no IBAM, na área de resíduos sólidos, o engenheiro Pancrácio Pereira Madruga (primeiro funcionário da Prefeitura a realizar um curso de especialização na área de gerenciamento de resíduos sólidos).


Em 1972, passa-se a utilizar, novamente, a área onde hoje está inserido o ponto de destino final de resíduos da cidade de Natal, através da disposição de resíduos a céu aberto.


A utilização dessa área se processa até o ano de 1983, quando é implantado o "Aterro Sanitário de Nova Cidade", localizado no final da Avenida Interventor Mário Câmara. Na realidade, essa estrutura tem características de um aterro controlado e apresenta considerável avanço operacional. A área era totalmente cercada, existia um sistema de coleta de gases, com o seu aproveitamento em uma cozinha comunitária e ocorre o recobrimento regular dos resíduos. No entanto, pela falta de material de recobrimento ocorre profunda destruição das dunas do local. A utilização dessa área se dá até o ano de 1986, quando a destinação do lixo retorna a área de Cidade Nova.


Em 1988, é construída a Usina de Reciclagem e Compostagem de Cidade Nova. A unidade de reciclagem projetada para uma produção de 150 ton/dia, já se mostra sub-dimensionada para a produção de resíduos que já apresentava uma produção diária de 297,37 ton/dia. O certo é que a unidade só consegue processar 90 ton/dia, ou seja, 30% da produção de resíduos da época.


Entre os anos de 1980 e a presente data, também são utilizadas áreas na chamada "Favela do Alemão", no bairro de Felipe Camarão, Guajiru, no município de São Gonçalo do Amarante e no bairro de Nova Natal, durante pequenos períodos.


A disposição de resíduos na área de trinta hectares localizada no final da Avenida Central, na zona limite entre os bairros de Cidade Nova e Felipe Camarão já se processa de forma contínua a cerca de vinte anos, com o aterramento de aproximadamente 4 milhões de toneladas de resíduos sólidos, formando uma camada de lixo que varia de 10 a 18 metros de altura.


Alguns fatores comprometem a utilização da área para destinação de resíduos sólidos urbanos, tais como: proximidade das residências; área praticamente 100% utilizada, o que impede a implantação de uma nova célula; camada de lixo velho bastante espessa, que leva a custos extremamente elevados para impermeabilização de fundo do aterro; impossibilidade de aprovação do novo projeto, frente a Resolução nº04/95 do CONAMA (segurança aeroportuária); presença de catadores; inexistência de material de recobrimento. Além de todos esses fatores, o mais grave é que a disposição de resíduos é feita em uma área de dunas de alta permeabilidade, o que leva a total dispersão do chorume no aqüífero freático.


Atualmente, é destinado até o local uma produção diária de 1.333 toneladas de resíduos, sendo 569 toneladas oriundas da coleta domiciliar, 117 toneladas da coleta por caminhões poliguindastes, 642 toneladas de entulhos e 5 toneladas de resíduos hospitalares, geradas por uma população de 676.798 habitantes (IDEC, 1997).


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