Biblioteca Virtual do Natal
Registro Bibliográfico: 1119
Tipo de Material: Dissertação
Área Temática: Gestão Metropolitana
Título: A produção das desigualdades : análise da relação entre trabalho infantil e indicadores sociais
Autor Principal: Natércia Janine Dantas da Silveira
Local de Publicação: Natal, RN
Ano de Publicação: 2014
Volume / Paginação: 63 f.
Instituição: UFRN/BCZM
Assuntos Relacionados: Trabalho infantil - Dissertação, Indicadores socioeconômicos - Dissertação, Estudo ecológico - Dissertação
Notas Gerais: Orientador: Angelo Giuseppe Roncalli da Costa Oliveira
Notas de Resumo: A Organização Internacional do Trabalho (OIT) estima que haja cerca de 118 milhões de crianças em todo o mundo submetidas ao trabalho infantil. No Brasil, há 3,5 milhões de trabalhadores entre 5 e 17 anos. Esse exercício de exploração constitui um grave problema da sociedade, inclusive de Saúde Pública, já que esses trabalhadores estão expostos a uma gama de riscos, quais sejam à saúde, à integridade física e até à vida, podendo torná-los adultos doentes e/ou interrompendo precocemente suas vidas. Diante do exposto, esta pesquisa tem como objetivo investigar a relação entre a frequência de trabalho infantil na faixa etária de 10 a 13 anos e alguns indicadores socioeconômicos. Trata-se de uma pesquisa quantitativa em um desenho ecológico cujos níveis de análise são os municípios brasileiros agrupados em 161 regiões, definidas a partir de critérios socioeconômicos. A variável dependente deste estudo foi a prevalência de trabalho infantil na faixa etária de 10 a 13 anos. As variáveis independentes foram selecionadas após realizada uma correlação entre o Censo de 2010 do trabalho infantil na faixa etária de 10 a 13 anos e dados secundários, adotando duas variáveis independentes principais: recursos do Programa Bolsa Família (PBF) por 1000 habitantes e Recursos do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI) por mil habitantes. Foi realizada inicialmente uma análise descritiva das variáveis do estudo, posteriormente, uma análise bivariada, e construída a matriz de correlação. Por fim, foi feita a análise de Regressão Liner Múltipla. Foram construídos dois modelos de Regressão. O primeiro modelo, no qual os recursos do PBF é a variavél independente principal, explica 57,8% de toda a variação do trabalho infantil e a equação final permite inferir que a cada 100 reais de recursos do PBF alocados produz uma diminuição de 1,4% na taxa de trabalho infantil na faixa etária de 10 a 13. No segundo, no qual os recursos do PETI explicam 58,8% de todo o modelo, constatou-se que a cada R$ 100 reais investidos, a taxa de trabalho infantil diminui em 2,16%. Outras variáveis de ajuste mostraram significância, entre elas o IDH municipal, anos de Estudos aos 18 anos, analfabetismo em 15 anos ou mais, empregados sem carteira com 18 anos e o Índice de Gini. Compreende-se que a questão do trabalho infantil é complexa. O problema está associado, embora não esteja restrito à pobreza, à desigualdade e à exclusão social existentes no Brasil, mas há outros fatores de natureza cultural, econômica e de organização da produção, respondem também pelo seu agravamento. Para enfretamento do trabalho infantil necessita de uma ampla articulação intersetorial compartilhada e integrada com diversas políticas públicas entre elas saúde, esporte, cultura, agricultura, trabalho e direitos humanos, tendo, como horizonte, a garantia da integralidade dos direitos de crianças e adolescentes em situação de trabalho e de suas respectivas famílias.
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Titulação: Mestre em Saúde Pública
Banca: Orientador: Angelo Giuseppe Roncalli da Costa Oliveira

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